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O Mundo de Bira rumo aos 4000 hits.

    Bem-vindos ao Terceiro Milênio!!!


Não é nem necessário dizer que estamos às portas do ano 2000.

Tem muita gente por aí preocupada com o temível bug do milênio, com o fim do mundo, com a volta da inflação, e com inúmeras outras indagações que fazem do nosso cotidiano um mar de incertezas.

Mas... felizmente, nem só de dúvidas e desgraças vive a humanidade.

O fim de uma década, de um século, de um milênio, sempre traz consigo uma expectativa de mudança; e, inevitavelmente, nos faz repensar e analisar tudo aquilo que vai ficando ou já ficou para trás.

Por isso, o Mundo de Bira, em parceria com a APB (Associação dos Punheteiros do Brasil) tem o orgulho e o privilégio de lançar em primeríssima mão (peluda e cheia de calos), a tão esperada

P U N H E T A - RETROSPECTIVA DO MILÊNIO

No ano 1000 d.C. o mundo ocidental vivia a época das sombras: a Idade Média. Na verdade para ser mais fiel à História, era a transição da Alta para a Baixa Idade Média.

Os alegres camponeses, também conhecidos como os mais vis dos vassalos, eram forçados a se socorrer da clandestinidade para satisfazer sua libido primária: aquela bronhadazinha antes de sair para arar sua gleba.

Nesta época era terminantemente proibida e condenada a masturbação, pois a Igreja poderosa na época utilizava-se de argumentos extraterrenos par justificar a vedação – coisas do tipo: "queimarão no fogo do inferno"; "ficarão cegos"; etc.

A situação devia ser mesmo extremamente ruim, pois se não bastasse o Senhor Feudal comer sua esposa antes mesmo de você poder dar umazinha ainda tinha que se esconder na sombra de uma macieira para confraternizar um cinco contra um.

Veio o século seguinte e muito pouco mudou.

Já nos idos de 1200, sob o reinado de João sem Terra, a sociedade feudal começava a apresentar algumas mudanças.

Com o advento da Bill of Rights, na Carta Magna de 1216, ficou estatuído que todo homem era livre e esta liberdade destruiu os grilhões que aprisionavam a busca pela punheta livre. Agora a bronha, diante as leis dos homens estava plenamente legalizada. Já era algum avanço.

A Igreja, no entanto, permaneceu alheia à legalização e prosseguiu na sua perseguição ferrenha aos punheteiros.

Depois disso veio 1300, e tranformações silenciosas foram acontecendo até culminarem no ano 1400, no qual a sociedade despediria-se do velho modelo medieval e adentraria à Idade das Luzes, ou o Iluminismo.

A preocupação com o espiritual e o etéreo eram então assunto de somenos importância, pois a figura central voltava a ser o homem, resgatando assim o legado da cultura helenística.

As idéias libertárias e libertinas foram uma grande fornalha a impulsionar a locomotiva da sacanagem ao longo da História da humanidade. Já se falava sem maiores pudores de adultérios, romances proibidos e incestuosos, e acredita-se que por volta de 1500 a 1600, os primeiros punheteiros iniciaram o hábito de ler romances de Balzac durante horas no banheiro.

Em 1700 foi a época das grandes revoluções do mundo ocidental, mas honestamente, nada que influenciasse muito a vida dos nossos heróis do passado, que ainda tinham que se valer muito da imaginação para ter 5 minutos de solitária alegria.

Com a invenção da fotografia por Jean Baptiste Daguerre (com seu daguerreótipo) em meados de 1800, uma nova perspectiva começava a acenar para a civilização: a possibilidade de congelar momentos em imagens. Certamente não era pressentimento apenas da classe masturbadora, mas a fotografia viria mesmo para mudar o mundo.

Há registro que nos idos de 1890 a 1900 já havia uma restrita circulação de "revistinhas de catecismo" (quadrinhos eróticos) no Brasil, muitas delas trazidas dos grandes centros europeus, mas que sem dúvida nenhuma começavam a fazer das idas ao banheiro os momentos mais felizes do dia.

O mundo então conheceu duas grandes guerras (1917 e 1940), houve um grande desenvolvimento da aviação assim como mortíferas armas bélicas, mas nada era mais consolador na solidão do front do que a literaturazinha de sacanagem que incluíam as tais "revistinhas de catecismo" e as primeiras fotonovelinhas pornográficas.

Daí para frente a indústria do erotismo não parou mais de crescer. Surgiram então as titânicas publicações do ramo como a Playboy, Penthouse e Hustler, que mês a mês batiam recordes e mais recordes de vendagem (e nós em casa batíamos mais e mais)!

O mundo aos poucos tornava-se um lugar mais colorido e agradável, mas essa comodidade também tinha lá o seu preço: a imaginação não era mais tão necessária assim. A qualquer momento era só abrir as páginas de uma revista e deparar-se com um belo par de seios suculentos para disparar o sinal de ataque.

Vieram os vídeos, os CD-Roms, mas nada que se comparasse à conveniência e praticidade das revistas especializadas.

Em 1994, dois avanços proporcionaram ainda mais alegria e contentamento aos amantes das formas femininas e consequentes punhetas:

  1. O lançamento das capas com uma fina película plástica nas revistas Playboy brasileiras. – Com isso nossas revistas deixaram de ficar enrugadas quando colocadas em cima da pia molhada do banheiro, estendendo em muito sua vida útil.
  2. O avanço e a popularização da Internet. – O que nos permitiu inúmeros downloads e intercâmbio de fotografias entre internautas afoitos pela nudez desta ou daquela celebridade.

Hoje, às vésperas do ano 2000 podemos celebrar com muita alegria todos estes avanços técnicos e tecnológicos que tanta satisfação nos trazem.

O Brasil é e continuará sendo um enorme e inesgotável celeiro de jogadores de futebol, mulheres deliciosamente bonitas e punheteiros.

Com a continuidade destas virtudes, teremos diversão garantida por milênios... e milênios... e milênios...


P.S.: Como único protesto, este site engaja-se na batalha contra a pedofilia, a qual constitui prática odiosa e lamentável, exaltada e difundida por pessoas sem nenhum caráter ou escrúpulo. Se você conhece responsáveis por esta prática, denuncie às autoridades competentes.


entre em contato: o_malaquias@hotmail.com

Obs.: Primeira publicação 12 de outubro de 1998 - última atualização 15 de agosto de 1999. Melhor visualizada no Internet Explorer. As matérias exclusivas do Mundo de Bira só poderão ser copiadas mediante prévia autorização por escrito.