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HOMENAGEM

(se bem que no caso do Mauris deveria ser "mulhernagem", mas, tudo bem...)

DOSSIÊ MAURICIO

Nosso japonês é mais bicha que o dos outros


O Jornal do Anormal on-line, como sempre apresentando grandes sacadas, traz com exclusividade aos biranautas o documentário DOSSIÊ MAURICIO, revelando para o cyberspace a verdade sobre a vida deste nosso amigo oriental.


Mauris é um pequenino japinha nascido em Kobi, no ano de 1953. Veio parar no Brasil lá pelos idos de 79, fugindo dos horrores da Guerra (Guerra era a sua babá, dona Mitsumi Guerra, uma brasileira que morava no Japão, que era feia pra danar).

Veio de carona de navio, ouvindo inúmeros "ou dá ou nada", sem nadar uma vez sequer. Chegando em terras brasileiras, foi adotado por um simpatico casal, cujos nomes devemos por questão de lealdade não citar, pois os mesmos se arrependem do fato até hoje.

O pequeno japa ia crescendo, como qualquer criança. Dava aulas de origami aos coleguinhas de sala, sempre às terças-feiras, dia em que seus pais não ficavam em casa, pois iam trabalhar na feira. O pequeno Mauris fazia "maravilhas" com as mãos, deixando os amiguinhos extasiados e com vontade de voltar mais vezes. Entrevistamos o jornaleiro de Moema, o Sr. Maranews Paper, que pode explicar melhor aquela época:

" - A molecada do bairro parou de comprar revistinhas pornográficas depois que aquele japonês mudou-se pra cá. Vendi a banca a um tal de Victor Civita, e abri uma sapataria."

Pois bem. O japinha atingiu a adolescência. Começou a se preocupar com as coisas do mundo, tipo "De onde viemos? Para onde vamos? Lá tem internet?".

Começou a drogar-se. Tomava uma caixinha inteira de anticoncepcional durante uma tarde apenas. E por causa dessas doses cavalares de hormônios femininos, hoje ele tem a voz fina, seios avantajados em forma de pera e culote.

Numa das viagens com os contraceptivos, conheceu Bernard, um inglês de Birmingham, que o ensinou os segredos da língua e um pouco de inglês também. Pensou em fugir de casa para morar com o inglês, mas este se casou com uma Lhama e foi morar nos Andes. Mauris viu seu mundo desmoronar. Passou uma semana com a cabeça enfiada na privada, o que lhe rendeu essa aparência de "fui cagado".

O Mauris é o único palmeirense do Mundo que já foi sãopaulino

Alguns anos depois, seu pai adotivo foi comprar um litro de Fanta e um maço de Hollywood numa padaria na Av. Ibirapuera e nunca mais voltou. Foi visto pela ultima vez no carnaval passado, administrando uma casa de massagem com ofurôs, em Bombain.

A falta do pai acentuou ainda mais seus trejeitos pederastas. Por isso, até hoje Mauris tem o costume de usar as calcinhas da mãe.

Mas a vida ainda lhe reservava muitas emoções.

Certo dia, sua mãe adotiva, já desacreditada de que um dia o pequenino Mauris chegasse a tomar jeito de homem, suicidou-se no moedor de carne da cozinha. O japinha, chegando em casa com uma larica danada, depois de tomar duas caixas de Microvlar, viu aquele monte de carne moída e não pensou duas vezes: fez uma porção de bolinhos. Quando ficou sabendo do ocorrido, quase se matou. Não pelo fato de ter ficado totalmente órfão, mas por ter comido a mãe. Logo ele, que tinha feito o juramento de nunca comer ningém.

Daí em diante, o menino desandou. Foi preso injustamente pela morte da mãe, por causa das impressões digitais deixadas nos bolinhos de carne. Na penitenciária, todos o temiam, pois não é qualquer bandidinho que sai por aí comendo a própria mãe. Virou uma espécie de "general" da cadeia. E todos os seus desejos eram realizados, tanto é verdade, que ao final de sua pena, não queria ir embora de jeito nenhum, mas os guardas do presídio o jogaram por cima do muro.

Sozinho e sem dinheiro, Mauris pensou em fazer direito, depois de ter aprendido tudo sobre as varas e entrâncias na prisão. Mas estava sem grana. Parou um pouco e pensou:

"- Porra... ainda tenho um cu e quem tem um cu, sempre descola uns trocados..."

Foi trabalhar na Major Sertório para pagar seus estudos. Alí, conheceu Rosona, um anão-travesti vindo do interior de São Paulo que ensinou ao Mauris alguns migués, uma espécie de picaretagem muito difundida no meio dos travecos, com o objetivo de arranjar alguma graninha extra sem ter que pagar depois.

Numa noite ensolarada em São Paulo, Mauris arranjou um programa com um cara que não sabia que ele cobrava. Foram até a Represa Billings para efetivar a conjunção carnal (em bom latim, "imissium penis in roxitus"). Mauris pensou, com toda a inteligência que Deus lhe deu:

- Vou dar um migué nesse cara...

Antes da concretização do ato, falou ao rapaz:

- Olha, eu esqueci de contar, mas eu sou uma garota de programa e cobro 50 reais a metida..

O cara concordou, e mandou ver no japa.

Após a bombada, o cara, acendendo um cigarro, falou para Mauris:

- Olha, eu também me esqueci de falar... eu sou taxista e a corrida de volta custa 60 reais...

Mauris teve que aceitar, pois estavam longe pra cacete.

Puto da vida, com o cu doendo e com dez reais a menos na carteira, Mauris largou a vida de programas, mas não sem antes dar uma surra em Rosona.

 

Mauris hoje dedica-se à prática de sado-mazoquismo em si mesmo. Bastam alguns tapas em sua cara e já está satisfeito.

E graças à sua traumática convivência com aquele inglês, que lhe ensinou os segredos da língua, Mauris arrumou um estágio na Casa Branca. Nossa reportagem tentou conversar com ele por telefone, mas ele não podia falar, pois estava com a boca cheia.


Na proxima edição do Jornal do Anormal on-line, o tão esperado DOSSIÊ DENIS, com transmissão ao vivo via internet da sensacional "Rabada da Maria Ciça".

"Na minha primeira vez eu não vi nada, pois estava de costas..."

Obs.: Primeira publicação 12 de outubro de 1998 - última atualização 15 de agosto de 1999. Melhor visualizada no Internet Explorer. As matérias exclusivas do Mundo de Bira só poderão ser copiadas mediante prévia autorização por escrito.